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Com aproximadamente 40 espécies registradas ao largo do litoral brasileiro, nos cruzeiros das expedições científicas dos últimos anos, foi observada de forma mais frequente na costa capixaba, a presença das espécies: golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus), golfinho-de-dentes-rugosos (Steno bredanensis), golfinho-pintado-do-atlântico (Stenella frontalis), e boto-cinza (Sotalia guianensis).  Além destes odontocetos, o litoral capixaba conta com a presença da  toninha (Pontoporia blainvillei), o cetáceo mais ameaçado na costa brasileira. 

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Boto-cinza (Sotalia guianensis)

Esse golfinho, conhecido como boto-cinza, é tipicamente costeiro, pode atingir um pouco mais de 2 metros de comprimento e sua maturação sexual se dá por volta dos 6 anos de idade. Seu hábito alimentar inclui peixes marinhos e estuarinos, como peixes demersais e pelágicos, cefalópodes, camarão e caranguejos. A espécie Sotalia guianensis é endêmica do Oceano Atlântico e ocupa a região costeira, do norte de Santa Catarina (Brasil) até Honduras, geralmente associados a desembocaduras de rios e estuários. Na costa norte do estado do Rio de Janeiro são observados na Barra de São João, Macaé, Carapebus e Quissamã. 

Não há áreas ou populações locais com estudos a longo prazo para estimar a abundância e assim as taxas de declínio, mas declínios substanciais já foram abordados na Baía de Guanabara, por exemplo, em que a população em declínio com menos de 40 indivíduos identificados. Mas, por se tratar de animais que ocupam regiões costeiras, essa espécie é muito capturada em redes de pesca e são suscetíveis a contaminação de lavouras em indústrias que despejam os resíduos nos rios. Seu status de conservação foi classificado como ‘quase ameaçada’ pela IUCN (2018) e como ‘vulnerável’ pelo MMA (2018).

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Toninha (Pontoporia blainvillei)

A Toninha, também conhecida como Franciscana, é a espécie de cetáceo mais ameaçada do litoral brasileiro e a menor em tamanho. Quando adulto chega a 1,75 metros aproximadamente. Sua distribuição é endêmica e restritamente costeira, que vai apenas ao longo da costa leste da América do Sul (Brasil, Uruguai e Argentina), do norte do Golfo San Matias, na região central da Argentina ao Espírito Santo, sudeste do Brasil. Durante a sua distribuição, foram encontrados dois hiatos, onde não há observação desses animais. Um hiato é entre o sul e o centro do estado do Rio de Janeiro e o outro hiato no sul do estado de Espírito Santo. O isolamento genético entre as populações, faz com que as áreas de manejo para a espécie (FMA) sejam diferenciadas pelos pesquisadores do Plano Nacional para a conservação da Toninha (ICMBio, 2010). 

Devida a sua distribuição costeira, por ser endêmica, e altos níveis de mortalidade acidental em redes de pesca, a sua classificada na IUCN é ‘vulnerável’, embora em algumas listas locais ela esteja listada como ‘em extinção’, ou ‘criticamente em perigo’ (MMA, 2018).

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Golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus)

O golfinho-nariz-de-garrafa é a espécie mais conhecida dos golfinhos, pois, é a principal atração de parques aquáticos e ficou famosa pelo personagem “Flipper”. É uma espécie cosmopolita encontrada em regiões costeiras e oceânicas de clima temperado e tropical (Wells & Scott, 1999). No Brasil, existem registros de T. truncatus desde a foz do rio Amazonas até o Rio Grande do Sul (Siciliano et al., 2006), ocorrendo tanto em regiões costeiras. A espécie está dividida em 3 subespécies, o Tursiops truncatus truncatus (Montagu, 1821), o Tursiops truncatus gephyreus (Lahille,1908) e o Tursiops truncatus ponticus (Barabash-Nikiforov, 1940). A espécie encontrada na região da Bacia de Campos é a T. truncatus truncatus. O tamanho dos golfinhos-nariz-de-garrafa podem chegar a 4 metros de comprimento e pesar 450 quilos. Na sua dieta estão incluídos peixes e lulas, e são considerados oportunistas predando o que está mais abundante na região. A espécie Tursiops truncatus está classificada globalmente como ‘pouco preocupante’ (IUCN, 2018).

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Golfinho-de-dentes-rugosos (Steno bredanensis)

O golfinho-de-dentes-rugosos (Steno bredanensis) diferencia-se dos outros golfinhos pela ausência de uma demarcação clara entre o melão e o rostro. Esse golfinho pode atingir 2,7 metros e pesar 155  quilos. A maturidade sexual é atingida aos 14 anos nos machos e 10 anos nas fêmeas. Ocorre em todos os oceanos tropicais e temperados. No Brasil está presente em todo o litoral e o Rio Grande do Sul é o seu limite mais austral de distribuição no Atlântico Sul. Sua alimentação é composta por peixes e lulas. Estudos voltados para a sua alimentação reforçam a distribuição da espécie sobre a plataforma continental. Sua classificação na IUCN (2008) está como ‘pouco preocupante’.

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Golfinho-pintado-do-atlântico (Stenella frontalis)

Esse golfinho é mais um registro do projeto durante os cruzeiros.  Seu tamanho médio chega a 2,3 metros e pesa em torno de 150 quilos. Apresenta pintas pelo corpo quando atinge a idade adulta. Formam pequenos grupos, entre 5 a 15 indivíduos, podendo se agregar a outras espécies de golfinhos.

É endêmico do oceano atlântico, com associação a regiões temperadas e tropicais. No Brasil está associado a plataforma continental, entre 30 e 1000 metros de profundidade, com os maiores registros até 200m. Sua classificação pela IUCN é de ‘pouco preocupante’.

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